30 de junho de 2007

O Renascimento do K-304

Sim é verdade, conforme Fénix renasceu das cinzas também o K-304 renasceu, ou será que nunca terá estado morto mas apenas apagado e esquecido ?
Enfim, será um assunto a debater mas o que interessa neste momento é, informar todos os adeptos, simpatizantes, ex-jogadores e outros que o K-304 chutou para fora o pó das chuteiras e está a olear alguma ferrugem nas engrenagens e a queimar algumas calorias, alojadas em locais pouco dignos, para os jogadores do K-304.

Estas imagens foram tiradas com uma camara oculta onde mostra que o K-304 retomou a actividade. Conseguimos identificar alguns jogadores como o Pedro Miguel e o Jorginho e soubemos de fonte segura, que estavam a jogar o Bernardo e que ía entrar o António, que estudava o adversário, respectivamente filhos das ex-glórias atrás referidas.
Zeca

27 de junho de 2007

Memórias do nosso tempo (III)

Os "Pequenos Vagabundos", era uma série que passava em Portugal nos anos 70 e 80 e que todos os miúdos adoravam. Cheia de mistério e aventuras, esta série de culto passada num campo de férias, onde sete miúdos se juntam numa amizade forte, vão tentar descobrir o tesouro dos templários e encontram ladrões, túneis, grutas, alçapões, castelos e muito perigo.
Se bem me lembro, descobrem uma quadrilha de ladrões e o ouro roubado.
Quem deste tempo não tiver visto um episódio dos “Pequenos Vagabundos” que atire um primeiro comentário.
Zeca

25 de junho de 2007

Memórias do nosso tempo (II)

Com um sabor fresco e intenso na boca de muitos, da geração de 70s e 80s, andou a famosa bebida de nome: PIROLITO.
O Pirolito-Bilas era uma garrafa engraçada com um gargalo cónico suficientemente largo para caber um berlinde e estrangulado logo de seguida, para que este não fosse para o interior da garrafa. No início do gargalo, existia uma pequena rolha em rede, de plástico, para evitar que engolíssemos o berlinde que após a longa espera, para beber a gasosa, era retirada com o dedo e assim, obtínhamos o tal momento de magia: o Bilas ou seja o berlinde do Pirolito.
Também existiam outras bebidas como a Laranjina C ou a Canada Dry mas para quem queria mostrar que tinha muitos “guelas” (outra gíria para berlinde) juntava uns tostões para comprar no Café do Sr. António, o Pirolito.

Quem quer jogar ao berlinde ?
Eu faço as covas.
Não podem é levar nenhum abafador.
Zeca

24 de junho de 2007

Desafio toponímico

A foto é de 1900. O autor foi Alberto Carlos Lima. Que local é este?
Pois é, o Miguel Fernandes acertou em cheio! É o local da futura Praça Afonso de Albuquerque, então ocupado por um prolongamento da famosa Feira de Belém.

Tó Marques

22 de junho de 2007

Memórias do nosso tempo (I)

Acho que todos os que são da geração de 70s e 80s as tiveram na boca. Estou a falar das pastilhas gorila,lembram-se?
Tinham vários sabores e traziam uns papelinhos entre as pastilhas e o papel exterior, que servia para coleccionarmos. Recordo-me de ter montes desses papeis e de os procurar no chão, dentro do papel exterior, daqueles que não lhes ligavam nenhuma importância e que, apenas, pretendiam a pastilha.

Alguém ainda os tem ?
Quem tem para troca ?

Zeca

19 de junho de 2007

Danos colaterais

Durante muitas horas, dias e anos jogamos futebol no “jardim dos meninos” o que fez com que a relva fosse cortada, rapada e arrancada de vez do campo de jogos. O dito campo era polivalente pois permitia jogar com duas balizas (árvores), a de cima e a de baixo, e apenas com uma, a dos ferros. No campo secundário o esquema era idêntico isto é: podíamos jogar com dois bancos, digo balizas, ou só num (os bancos do jardim faziam de balizas; entre o chão e as primeiras traves deste com os seus pés de ferro nascia um rectângulo – a baliza).
Os jogos eram animados excepto quando chegava o Miguel Bastos, que pertencia aos calmeirões. Naquele tempo existiam dois grandes grupos: nós e os calmeirões. Pese embora o facto de nós sermos mais eles eram maiores.
Quando chegava o Miguel e nós já estávamos a jogar ele queria jogar sempre e quando nós oferecíamos alguma resistência ele dizia em tom alto “OU JOGO EU OU NÃO JOGA NINGUÉM”. Entretanto apanhava a bola e ficava no meio do campo a aguardar a nossa decisão. Malandro ! Bem, que remédio havia? O único: o Miguel jogava.
Apesar disso, com algumas caneladas e nódoas negras, continuávamos a jogar todos os dias e bem ou mais ou menos bem porque num remate transviado para a baliza de baixo, o Miguelinho faz com que a bola vá embater no painel publicitário do Sr. Adelino, partindo-o.
Noutro jogo, desta vez na baliza dos ferros, o Luís Torres chuta para golo... mas a bola foi bater violentamente na janela do Fernando Finuras fazendo com que o bacalhau que estava de molho ficasse “com todos”, com todos os vidrinhos da janela. Despreocupado, o nosso atleta só dizia que tinha um seguro que pagava aquilo, “vamos voltar a jogar”.
Tempo fantástico com jogos de primeira classe cheios de “suspense” pois nunca sabíamos quando aparecia o Miguel Bastos ou outros danos colaterais aos nossos jogos.

Zeca

18 de junho de 2007

A Forma das Coisas (1)

Apetece-me juntar alguma coisa ao Blog da Rua. Assim, semanalmente, embora sem obrigação, enviarei um texto com este mesmo título: “A Forma das Coisas”. Fui buscá-lo a um dos livros que mais gostei de ler até hoje, que foi o The Shape of Things To Come, do Herbert G. Wells. H.G.W. foi um prolífico escritor de literatura de antecipação, do mesmo modo como Arthur C. Clarke o é ainda hoje. Soube observar e interpretar o seu presente e sugerir possíveis futuros imediatos.
Eu aqui limitar-me-ei a indicar-vos algumas coisas do presente, que falam do nosso presente global, do passado comum a todos, e do futuro que se avizinha. Em linguagem clara: tenho encontrado alguns sites na Internet que são divertidos, encantadores, educativos, informativos ou são simplesmente interessantes. Portanto, “A Forma das Coisas” será um curtíssimo regular post sobre sítios que podem, se quiserem, visitar. Se não gostarem, é fácil: reúnam 10 comentários a este artigo dizendo “Não obrigado, não estou interessado(a)”.

Começo hoje por vos sugerir o site http://www.physicssongs.org/.

O que têm Times They Are a’Changing do Bob Dylan, Material Girl da Madonna e New York State of Mind de Gershwin, só para citar estes três, em comum? Para além de serem músicas imortais, foram também objecto de interesse por parte de alguns cientistas.

É sabido, até Aldous Huxley o refere num dos seus livros, que frequentemente o talento para a matemática e o talento para a música andam juntos. Quem é mesmo bom em Matemática tem uma alta probabilidade de ser também um bom músico amador, e por vezes mais do que isso. O contrário já não é verdade, contudo. Provas: Einstein tocava violino; Hans Bethe foi um exímio pianista; em Los Álamos, no tempo do projecto Manhattan, existiam diversos agrupamentos de músicos inteiramente constituídos por físicos, em torno dos quais muita da vida social se organizou. Em sentido contrário a contribuição científica de Verdi, de Mozart ou de Springsteen foram (são) inexistentes.

A existência hoje da Internet tinha inevitavelmente que traduzir isto de um novo modo: em http://www.physicssongs.org/ encontramos um manancial de músicas cujo denominador comum é serem dedicadas à Física. Há muitas obras originais, há muitas letras publicadas com a sugestão da música com a qual devem ser cantadas. Há também muitas canções (letra e música) directamente disponíveis. Há até videoclips! Aconselho o vídeo “Einstein Girls”, um pastiche da célebre série de TV Charlie’s Angels. Mas há outros.

Há ligações a outros sites onde, por exemplo, se aprende um pouco sobre Newton enquanto ouvimos uma canção sobre a descoberta da Gravidade. Ou outro onde cantando se explicam as vantagens do atrito, em particular se queremos subir uma encosta gelada. Etc, etc…

Convido-vos a visitar. E aproveitem, explorem os links. Quem sabe onde chegarão?

Paulo Santos

12 de junho de 2007

Que viva o Santo António!


Porque hoje é noite de Santo António, aqui fica uma sardinhada para a malta da rua. As bebidas são por conta da casa. Divirtam-se e não se esqueçam de saltar a fogueira.

"Curtas" do Jantar (1)

Ultrapassadas algumas dificuldades técnicas, iniciamos hoje a exibição das "curtas" do jantar da Malta da Rua. O realizador, já consagrado, é o Zé Paulo Fernandes.

9 de junho de 2007

Jogar às Escondidas

Em tempos que já lá vão, tínhamos, entre outras brincadeiras, a mania de jogar às escondidas. Jogávamos habitualmente nos jardins, hoje apelidados de jardim das meninas e jardim dos meninos, onde nos divertíamos bastante. Lembro-me do Milhano a esconder-se em cima dos ferros do nosso jardim, deitando-se ao longo destes para passar despercebido, ou do Pedro a esconder-se debaixo dos bancos e outros atrás dos carros estacionados, em cima das árvores, subindo por vezes o equivalente a dois andares, no meio dos “picos”, na zona do Museu de Marinha, no Jardim de Belém, na linha dos eléctricos e até em casa. Em casa ?
Sim, recordo-me de uma vez, e não foi a única, em que estávamos a jogar ao dito jogo, era de noite, e como já era tarde alguém disse, sem que o nosso amigo que estava a apanhar percebesse, “Tive uma ideia, vamos todos para casa e não lhe dizemos nada”. É claro que foi uma excelente ideia e de imediato todos concordaram. Imaginem o filme de quem estava a apanhar..., o riso de quem foi para casa... e o dia seguinte...
Apesar de tudo, continuámos todos amigos.


Zeca

6 de junho de 2007

A Rua e os Prémios Valmor

O Prémio Valmor nasceu no século passado e surge da vontade do ex-governador civíl de Lisboa, o último visconde de Valmor.
Grande apreciador de belas artes, doa, por via de testamento, dinheiro à cidade de Lisboa de modo a criar-se um fundo. Este passaria a constituir um prémio a ser distribuído em partes iguais ao proprietário e ao arquitecto autor do projecto da mais bela casa ou prédio edificado.
Entre algumas alterações nos regulamentos e apesar das mudanças dos tempos, das mentalidades e do modo de construir edifícios, mantém-se ainda como um dos mais prestigiados prémios de arquitectura em Portugal.
É sabido por todos nós que a nossA Rua está inserida numa zona priveligiada tendo sido inclusívé, edificados vários edificios premiados, senão vejam:


Prémio Municipal de Arquitectura-1946 -------------------------- Prémio Valmor-1947 ------------------------------------------ Prémio Valmor-1950
R. D. Francisco de Almeida ----------------------------------------- R. S. Francisco Xavier --------------------------------------R. Duarte Pacheco Pereira

-Menção Honrosa-1978 ------------------------------------------------Prémio Valmor-1987 -----------------------------------------Menção Honrosa-2000--- Rua João Bastos------------------------------------------------------Instituto Jacob Pereira------------------------------------------Av. Torre de Belém

Zeca

1 de junho de 2007

Vai um mergulho?


Hoje começa a época balnear. Importa pois recordar aqui as belas praias que existiam na nossa zona. É no período de 1852-1885, que a sociedade alfacinha consagra de “bom tom” os longos passeios à beira-mar, nomeadamente entre a burguesia ascendente já convertida ao Romantismo. E eis que surgem as primeiras praias alfacinhas, todas em Belém: O Bom Sucesso, a praia da Torre e a praia da “aldeia” de Pedrouços.
As crónicas da época falam de ilustres banhistas: Almeida Garrett que não dispensava a praia de Pedrouços, a marquesa de Rio Maior que a ela faz referência nas suas memórias. Segundo Ramalho Ortigão, Pedrouços tinha então um bom hotel, o Hotel Club dirigido por uma francesa, que esgotava no Verão.
Praia pequena, aburguesada, não tinha areia para tanta gente, nem “aposentos” para os mais exigentes. Diz Ramalho: “pela manhã, a gente abre a janela do seu quarto, deita a cabeça de fora e pode fazer a barba no espelho do seu vizinho do prédio fronteiro”.
Da praia de “bons ares”, aconselhada pelos médicos à família real, hoje não há vestígios. A gloriosa praia de Pedrouços e também a praia do Bom Sucesso, nas traseiras da actual Rua Bartolomeu Dias, restam na memória de crónicas e também de fotos.
Vai um mergulho?

Fotos: Praia de Pedrouços, início do séc.XX, in Arquivo Municipal

Tó Marques