21 de fevereiro de 2007

O que é o K?

Aqui vai o meu relato sobre o K - do qual fui apenas atleta nunca pertenci aos corpos dirigentes – ficando a aguardar eventuais correcções dos que têm registos mais rigorosos de tão ilustre clube.
O K304 é uma associação desportiva amadora que acolheu um vasto número de modalidades e atletas de grande versatilidade. Embora de modestos recursos financeiros o seu património edificado era vastíssimo e incorporava, na década de 80, alguns conceitos que viriam a ser desenvolvidos por outros clubes. Vejamos:
Foi dos primeiros clubes, quiçá o primeiro, a possuir uma aldeia olímpica – A Rua - concentração de infra-estruturas desportivas e de alojamentos dos atletas, bem como facilidades de restauração, lavandaria, cabeleireiro - consta que até havia massagistas embora eu não possua confirmação factual.
Durante a sua actividade foi alienando algum património, à semelhança do que alguns Clubes fazem hoje, para poder recrutar alguns atletas mais caros – os cromos.
De seguida vou caracterizar algumas das secções mais importantes do Clube, solicita-se aos demais atletas e dirigentes a sua contribuição e feroz crítica – afinal o blog não é pessoal e decerto existem mais memórias para além das minhas e das do administrador do mesmo, lembram-se que ele foi um dos treinadores da equipa de futebol?
Sede Social, Direcção e Serviço Administrativo (A Esquina) –Local de reuniões da Administração da SAD, Direcção, Assembleias Gerais e outras. Local muito frequentado também pelos pais e críticos à actuação dos atletas, dispunha como hoje – em regime de concessão - de Bar de apoio à actividade da Direcção e dos atletas. Relembro a simpatia do Sr. António que nos brindava sempre com um afável “ E este!” quando irrompíamos por ali adentro a pedir – certamente com a maior educação – um estica, uma bomboka, uma pirata, um pacote de bolacha torrada, etc…
Era aqui que se tomavam as grandes decisões do Clube, quando e contra quem vamos jogar? Qual o património a alienar? Onde vamos arranjar madeira para a fogueira dos Santos?
Também esteve aqui alojado o Gabinete de Imprensa – epá eu conto-te isto mas tu não dizes nada a ninguém, tá bem? Eu seja ceguinho, em mim podes confiar – ainda não havia net e tínhamos que improvisar para espalhar as novas…
Numa altura mais complicada alojou o piquete nocturno da segurança ao parque de estacionamento e a escolta aos amigos(as) que desciam à noite na paragem do “enléctico”. Quem é que ia a “Buem de enléctico comer wulas”?
Nos próximos posts vou tentar caracterizar :
Secção Feminina ( Jardim das Meninas )
Secção Masculina ( Jardim dos Rapazes )
Secção de Mini-golfe e ciclocross (Jardim do Crocodilo)
Buraco – actividades radicais ao ar livre
Barracão – idem mas (indoor)
Martins Barata – actividades de estrada
João Bastos – actividades de estrada e desportos com bola
Vila Correia – Kartódromo ( Karts sem motor)
Vivenda – Actividades radicais em ambiente urbano
Malaca – estádio do K
Planetário – Tiro com arco, BTT, tuna, sala de fumo, etc…
Muro – bancadas, aconselhamento psicológico, gabinete de aconselhamento jurídico e sentimental.

Alguém me ajuda a caracterizar estes espaços? Pelo menos uns comentariozitos p´animar o blog.
Milhano

2 comentários:

Anónimo disse...

É verdade, sim senhor... o K!! E a equipa feminina, que deu que falar (não só pelas caneladas e boladas que dávamos umas às outras), mas também pelo desempenho de algumas de nós! Lembram-se dos treinos na Torre de Belém?
O Sr. António... Era ali que comprávamos os Pirolitos, para os torneios de "Guelas", havia quem tivesse sacos cheios deles, e abafadores... Às mulheres quase nunca era permitida a participação (porque seria?), só a titulo de "deixa fazer um joguinho contra ti", e depois... às vezes... lá ganhávamos, porque algumas de nós até tinham a técnica!
Por falares em "espaços", lembrei-me de quando desciamos aquela Rua Dom Lourenço de Almeida de skate, com os vigias a tomar conta e a travar algum carro que circulasse por ali à hora errada... Vinhamos desde lá de cima e atingiamos uma velocidade tremenda, até chegar à Martins Barata (quando conseguiamos dar a curva). Ainda hoje quando penso nisso, não consigo acreditar nas loucuras que faziamos!! Como a da Lurdes, pendurada no 5º andar dos andaimes, só presa pelas pernas com os braços e a cabeça pendurada! Ainda no jantar, em conversa com a Claudia, relembrámos esse,que ficou na história dos grandes "feitos" da Rua... Assim como na Vivenda quando andaram a "mandar sacas de cimento lá de cima" :)

Boas recordações,
Becas

Unknown disse...

Ora se me lembro da pastelaria do Sr António, em frente ao mercado de Belém, onde eu tinha que optar entre os sugos de hortelã pimenta e o leite com chocolate (ou o pequeno almoço caseiro)Já agora uma curiosidade sobre a praça de Belém, depois de fechar o telheiro que cobria as bancas foi aproveitado para o parque das merendas do parque da serafina