18 de fevereiro de 2007

Vamos Jantar?

Primeiro discutiu-se o alargamento do jantar do K, depois como se iriam contactar alguns elementos mais distantes, depois se se podia alargar às meninas, etc…
A fase mais entusiasmante, pelo menos para quem esteve na reunião dos contactos, foi a surpresa com que fomos vendo a lista a crescer. Primeiro referenciaram-se os mais óbvios e depois surgiram as surpresas:
- Já alguém contactou o F?
- Quem?
- O primo do C? Não te lembras? Tinha uma bicicleta azul - ou tinha uma bola branca, ou etc… - Vou ver se consigo contactá-lo.
Foi contagiante registar a forma como todos nos envolvemos para chamar os que estavam mais esquecidos nas nossas memórias. Há ainda muito para fazer, faltam contactos de cerca de trinta, mais o que na altura não foram referenciados – sim ainda foram alguns os esquecidos, incrível não é?
Mas, apesar de não ter sido possível chegar a todos foi bonita a festa pá...
Lá nos fomos chegando, à hora combinada para, entre surpresas e abraços, nos reecontrarmos com uma parte importante das nossas memórias.
Quem é aquele? Que gira que está a A..! O L.. está na mesma.
A organização atarefava-se entre a vontade de abraçar os amigos e o de não deixar transparecer a preocupação de que algo falhasse no jantar, alcunhado pelo pessoal do restaurante como “O Jantar dos Sem-Abrigo”. Rua / Sem Abrigo, perceberam?
À medida que íamos chegando lá nos fomos arrumando, inicialmente nos grupos mais tradicionais e expectáveis, geracionais, amizades, interesses comuns… Com o decorrer do tempo foi divertido ver que, embora as matrizes iniciais existam, conseguimos ultrapassa-las e fundimo-nos numa matriz mais homogénea que é a Malta da Rua. Foi giro, muito giro.
Com o início do jantar – havia comida? Quase não dei por isso, tal era a fome de conversa – lá nos fomos juntando nas mesas para continuação da converseta.
Inicialmente mais tímidas as conversas rapidamente se foram descontraindo e era visível o contentamento geral.
Apesar de faltarem alguns, esta quase parece a Mesa da Assembleia Geral da SAD do K304.
O que é isso? Fica para outro dia.
E aqui ao lado um grupo de influência fortíssimo nos “eigthies”, sob o olhar atento do Boris, que parece pensar “ O que é que fui fazer para Macau?”.
As belezas nacionais batem as alemãs, certo? Cuidado com a resposta.
Temos que repetir – com outra equipa a organizar. Eu registei algumas ofertas de que não me vou esquecer.

Jinhos p´as meninas e caneladas p´os rapazes,
Milhano

7 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns ao milhano pelo primeiro de,certamente,centenas de posts. Oh milhano, sabes a cotação actual das acções da SAD do K-304?

Anónimo disse...

Gostei do aspecto do blog. É graficamente elegante. Muitos parabéns aos produtores. Agradou-me em particular o preto e branco da memória dos dias em que alguns de nós ainda usavam fraldas. Transmite correctamente a mensagem inicial, nostálgica, deste blog. Assim, há que pôr a trabalhar os scanners aí de casa para publicar mais fotos do mesmo género.
Eu não tenho grande jeito para nostalgias, olho para o passado com a nuca. Mas estarei convosco neste novo espaço onde me parece que cheira à minha bicicleta azul de roda 16...

Anónimo disse...

Fomos tantos, somos tantos ainda.
É isto que faz a beleza da Rua onde vivemos. Hoje, de forma mais distanciada, sem o rigor do encaixe nas respectivas gerações, vamos observando que ainda há muito para conhecer sobre a Rua e sobre a tribo (como se usa, agora, dizer) que fez da Rua o que ela é hoje.
Parabéns ao To Zé, criador do blog, parabéns ao Milhano (é o meu "mano", mas merece à mesma) que não deixa cair na inércia um jantar memorável.
Fomos tantos, somos tantos ainda.
Não se inibam em participar... Vamos meter os nossos pais também ao barulho? Porque não? Aproveitemos enquanto ainda existe memória viva das fotos que o Tó Zé arranjou. Só temos a ganhar!

Milhano disse...

As acções agora estão em alta vamos tentar mante-las sem quedas.

Eu sabia que havia alguém com uma "bicla" azul só não sabia quem.

Anónimo disse...

Foi mesmo bonita a festa pá!
Nem tempo houve para comer, "anda sentar ali naquela mesa" Qual sentar, qual quê... não havia tempo para mastigar... Falou-se muito, mas no final ficou a sensação de que havia ainda muito mais para falar e ouvir, daqueles com quem não contactava há mais de 20 anos, alguns, outros menos que isso, mas sempre há tempo demais!
As dificuldades em reconhecer algumas pessoas foram muitas... "conheço-te... mas não sei quem és!" Alguns ficavam espantados por não os reconhecerem, outros aceitavam, com aquele ar "é normal, ao fim de tantos anos, ou é a careca, ou a barriguinha, ou uma ruga aqui ou outra ali" mas o que importa é termos o espirito de união, que considero transpareceu com a adesão a este jantar! Foi optimo lembrarem-se de o fazer, espero que haja mais (já sei... com outra organização).
Tenho que ir ao baú das recordações, porque tenho lá algumas fotos para o nosso Blog.
Aproveito para dar os Parabéns ao Milhano, Xana e Zeca e a todos aqueles que participaram na organização. Estava impecável.

Becas

Anónimo disse...

Antes de mais, tenho que felicitar o "idiota" desta ideia fantástica.
A organização parece matemática e muito impecável, cheira a engenheiro...Bem eu não fui ao jantar, mas já vi que perdi..
Só para vos dizer que só de ver as fotografias de repente entrei numa viagem voltei a ter 6 anos. Calma, calma, só regredi 35...Mas sabem o que é muito curioso nessa Rua, é que nós não nascíamos sózinhos, quando nascia um, nasciam logo dois ou três. Por exemplo, no meu caso, eu nasci com a Teresa Trancoso, a Becas, a Carmo, o Caitos, o Vasco Durão, a Natalie, a Bita, o Luisinho (Pilinhas), o Artur, a Nani, a Katy, e..., e... Já agora lembrei-me que quando comecei a saltar à fogueira, era tão pequena, sim eu sei que não cresci muito... mas, dizia eu era tão pequena (5/6 anos) que saltava...ao colo do Zé Paulo, do Quitó, do meu irmão, e do Carlitos. Esta é mesmo uma memória. Daquelas que decerto os meus filhos não irão ter um dia, porque hoje ninguém pode fazer uma fogueira entre dois prédios!!
Também me lembrei de umas bolas (amarela e laranja) que os tios do Miguelinho e do Zé Paulo trouxeram do estranjeiro. Fizeram um vistão!
Bem quando me lembrar de mais volto.

Anónimo disse...

Caros Amigos da Rua, apesar de não ter ido ao jantar posso avaliar que a ideia foi fantástica. Bem, mas para quem não foi ao jantar e viu o blog o resultado é o seguinte: num segundo fiz uma viagem no tempo e fiquei com cinco anos, calma, calma, só regredi 36!
A minha primeira ideia sobre a Rua é que nessa rua nós não nascemos sózinhos. Por exemplo eu nasci com a Teresa Trancoso, a Becas, o Caitos, o Artur, a Caty, a Carmo, o Luisinho, a Bita, a Ani, o Vasco Durão, a Natalie, a Cristininha Ribeiro, e...Imaginam um bairro de cinco prédios com tantas senhoras grávidas ao mesmo tempo. Bem a minha segunda memória foi de que com cinco/seis anos saltava a fogueira...ao colo dos senhores Zé Paulo, Quitó, Jorge Adelino, Paulinho, e Carlitos. Esta é uma memória que os meus filhos não vão ter análoga, pois como o Milhano disse, nós saltavamos à fogueira entre dois prédios, brincávamos com bonecas na Rua, com fisgas, carrinhos de esferas (porque essa dos Skates veio depois, e muito depois), adoptávamos animais (um deles o Butcha), brincavamos aos clubes (o K389 é um sucessor moderno dos clubes, sempre dois e liderados pelos mais velhos, o Ramiro, o Zé Paulo, etc..). Nós podemos dizer aos nossos filhos e netos que brincavamos na Rua com liberdade, os nossos filhos vão contar que foram exímios na Play Station e no R1 e R2...
Até breve
Nica