Muitos de nós frequentaram o D. João. Na memória ficaram muitos anos de subidas diárias da temível calçada Conde da Ribeira. Um ritual diário que começava no velho eléctrico amarelo ou no verde autocarro 43. Os passageiros, os motoristas e os “trincas” eram já caras familiares. Depois, o encontro com os amigos e as amigas do D. Amélia, a tal subida matinal e, enfim, o Liceu lá no alto, a sala de aula, o ginásio, a sala de convívio, o sempre atento e disciplinador chefe dos contínuos…No meu caso foram cinco anos que hoje recordo com emoção. De 1972 a 1977 foi ali que passei muitos dos bons momentos de estudante.
Mas hoje importa dizer que a história do velho Liceu Nacional de D. João de Castro está intimamente ligada à “nossa rua”. Pois é, os percursos parecem cruzar-se!
Tudo começou em Outubro de 1928. O então ministro Duarte Pacheco cria um liceu masculino e nomeia seu reitor o Professor Abel Ferreira Loff que propôs o nome de D. João de Castro. Ficou instalado num velho edifício da Quinta da Nazareth, na zona onde hoje está o Hospital de Santa Maria. Mas apenas um ano.
Em 1929 muda-se para o Palácio da Quinta da Praia do Bom Sucesso, também conhecido por Palácio Marialva. É verdade, mesmo à nossa porta, no local onde hoje se encontra o Centro Cultural de Belém, como podem ver nas fotos. O D. João funcionou aqui durante uma década, até Fevereiro de 1939. A saída ficou a dever-se à Exposição de Mundo Português. O Palácio foi ocupado pela comissão organizadora do evento. De malas aviadas, o destino seguinte foi o Palácio dos Condes da Ribeira Grande, na Rua da Junqueira, 66, onde mais tarde iria funcionar o Liceu Rainha D. Amélia. Aí funcionou até 1949. É durante a estadia neste palácio que o D. João se torna o primeiro liceu misto de Lisboa. No ano lectivo de 1946/1947 o Liceu é frequentado por 600 alunos, dos quais 200 eram raparigas.
Mas o sonho de instalações próprias estava para breve. Por iniciativa de Duarte Pacheco foi lançada pelo Estado Novo a construção de 30 novos Liceus. O D. João iria finalmente para uma construção de raiz e definitiva no Alto de Santo Amaro.Com pompa e circunstância, a 16 de Janeiro de 1949 o Liceu foi inaugurado e nomeado reitor o Dr. Martins Sequeira. Uma bela construção com cerca de 25000 m2 de área exterior e 2800 m2 de área coberta. O espaço que todos nós conhecemos e vivemos.
Hoje, após muita controvérsia quanto ao futuro, o D. João de Castro parece ter o futuro assegurado.
Mas hoje importa dizer que a história do velho Liceu Nacional de D. João de Castro está intimamente ligada à “nossa rua”. Pois é, os percursos parecem cruzar-se!
Tudo começou em Outubro de 1928. O então ministro Duarte Pacheco cria um liceu masculino e nomeia seu reitor o Professor Abel Ferreira Loff que propôs o nome de D. João de Castro. Ficou instalado num velho edifício da Quinta da Nazareth, na zona onde hoje está o Hospital de Santa Maria. Mas apenas um ano.
Em 1929 muda-se para o Palácio da Quinta da Praia do Bom Sucesso, também conhecido por Palácio Marialva. É verdade, mesmo à nossa porta, no local onde hoje se encontra o Centro Cultural de Belém, como podem ver nas fotos. O D. João funcionou aqui durante uma década, até Fevereiro de 1939. A saída ficou a dever-se à Exposição de Mundo Português. O Palácio foi ocupado pela comissão organizadora do evento. De malas aviadas, o destino seguinte foi o Palácio dos Condes da Ribeira Grande, na Rua da Junqueira, 66, onde mais tarde iria funcionar o Liceu Rainha D. Amélia. Aí funcionou até 1949. É durante a estadia neste palácio que o D. João se torna o primeiro liceu misto de Lisboa. No ano lectivo de 1946/1947 o Liceu é frequentado por 600 alunos, dos quais 200 eram raparigas.
Mas o sonho de instalações próprias estava para breve. Por iniciativa de Duarte Pacheco foi lançada pelo Estado Novo a construção de 30 novos Liceus. O D. João iria finalmente para uma construção de raiz e definitiva no Alto de Santo Amaro.Com pompa e circunstância, a 16 de Janeiro de 1949 o Liceu foi inaugurado e nomeado reitor o Dr. Martins Sequeira. Uma bela construção com cerca de 25000 m2 de área exterior e 2800 m2 de área coberta. O espaço que todos nós conhecemos e vivemos.
Hoje, após muita controvérsia quanto ao futuro, o D. João de Castro parece ter o futuro assegurado.
Felizmente!
Tó Marques
3 comentários:
Pois foi, no D.João crescemos e amadurecemos desconhecendo o quão intimamente ligado estava à Rua.
Excelente memória e esperemos ver em breve o D.João em actividade.
Espreitei e apreciei o V. "O Blog da Rua", se bem que, para ser sincero, ainda não com a atenção que todos V. mereceis. Porém, para já, pelo vi e li, gostei, posso dizer "gosto disto".Adoro as ruas que V. mencionam.Durante anos a fio,fiz diariamente o percurso desde o D. João até Algés, onde morei durante dezassete anos. Ou ia ía de electrico - adorava - ou de carro. A temível calçada dos Condes da Ribeira Grande também a fiz a pé, algumas vezes, quando já estava alcatroada, claro, pois pertenço a uma geração um pouco anterior à V., mas tendo trabalhado no Liceu durante 12 anos (dos quais cerca de quatro no Museu do Liceu)- que não existia no V. tempo,teremos certamente,pelo que li, muito d3e espiritual e de memórias de sitios e de algumas pessoas em comum.Já leram a "Pergunta de Algibeira" que deixei no sitio do Liceu e da Associação? Saudações académicas.
Cumprimento-vos pela iniciativa. Embora não more na área que privilegiais, como andei no D. João de Castro, atrevo-me a deixar um comentário : Creio que só em 1965 se verifica a presença feminina no Liceu e só em turmas do 3.º ciclo, 6.º e 7.º anos. Quanto ao resto, tudo bem. Um abraço...
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