Durante muitas horas, dias e anos jogamos futebol no “jardim dos meninos” o que fez com que a relva fosse cortada, rapada e arrancada de vez do campo de jogos. O dito campo era polivalente pois permitia jogar com duas balizas (árvores), a de cima e a de baixo, e apenas com uma, a dos ferros. No campo secundário o esquema era idêntico isto é: podíamos jogar com dois bancos, digo balizas, ou só num (os bancos do jardim faziam de balizas; entre o chão e as primeiras traves deste com os seus pés de ferro nascia um rectângulo – a baliza).
Os jogos eram animados excepto quando chegava o Miguel Bastos, que pertencia aos calmeirões. Naquele tempo existiam dois grandes grupos: nós e os calmeirões. Pese embora o facto de nós sermos mais eles eram maiores.
Quando chegava o Miguel e nós já estávamos a jogar ele queria jogar sempre e quando nós oferecíamos alguma resistência ele dizia em tom alto “OU JOGO EU OU NÃO JOGA NINGUÉM”. Entretanto apanhava a bola e ficava no meio do campo a aguardar a nossa decisão. Malandro ! Bem, que remédio havia? O único: o Miguel jogava.
Apesar disso, com algumas caneladas e nódoas negras, continuávamos a jogar todos os dias e bem ou mais ou menos bem porque num remate transviado para a baliza de baixo, o Miguelinho faz com que a bola vá embater no painel publicitário do Sr. Adelino, partindo-o.
Noutro jogo, desta vez na baliza dos ferros, o Luís Torres chuta para golo... mas a bola foi bater violentamente na janela do Fernando Finuras fazendo com que o bacalhau que estava de molho ficasse “com todos”, com todos os vidrinhos da janela. Despreocupado, o nosso atleta só dizia que tinha um seguro que pagava aquilo, “vamos voltar a jogar”.
Tempo fantástico com jogos de primeira classe cheios de “suspense” pois nunca sabíamos quando aparecia o Miguel Bastos ou outros danos colaterais aos nossos jogos.
Os jogos eram animados excepto quando chegava o Miguel Bastos, que pertencia aos calmeirões. Naquele tempo existiam dois grandes grupos: nós e os calmeirões. Pese embora o facto de nós sermos mais eles eram maiores.
Quando chegava o Miguel e nós já estávamos a jogar ele queria jogar sempre e quando nós oferecíamos alguma resistência ele dizia em tom alto “OU JOGO EU OU NÃO JOGA NINGUÉM”. Entretanto apanhava a bola e ficava no meio do campo a aguardar a nossa decisão. Malandro ! Bem, que remédio havia? O único: o Miguel jogava.
Apesar disso, com algumas caneladas e nódoas negras, continuávamos a jogar todos os dias e bem ou mais ou menos bem porque num remate transviado para a baliza de baixo, o Miguelinho faz com que a bola vá embater no painel publicitário do Sr. Adelino, partindo-o.
Noutro jogo, desta vez na baliza dos ferros, o Luís Torres chuta para golo... mas a bola foi bater violentamente na janela do Fernando Finuras fazendo com que o bacalhau que estava de molho ficasse “com todos”, com todos os vidrinhos da janela. Despreocupado, o nosso atleta só dizia que tinha um seguro que pagava aquilo, “vamos voltar a jogar”.
Tempo fantástico com jogos de primeira classe cheios de “suspense” pois nunca sabíamos quando aparecia o Miguel Bastos ou outros danos colaterais aos nossos jogos.
Zeca
1 comentário:
"Ou escrevem os mesmos ou não escreve ninguém"
zeca
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